“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”, Charlie Chaplin.
Eu adoro essa frase, porque ela é objetiva e resume em poucas palavras uma parte da minha maneira de encarar o rosto do destino. Pensando bem... que destino?
Nossa vida é como uma peça de teatro, com atores improvisados – uns muito bons que continuam até o fim da apresentação, outros tão ruins que tem apenas seus 15 minutos de fama -, sem nenhum contra-regra, diretor de palco ou assistente, sem um script pra seguir ou alguém para avisar o fim do primeiro ato.
Nossa vida é como uma peça de teatro sem rumo, onde cada fala desencadeia uma reação diferente que pode mudar toda história.
Não acredito nesse papo de destino, não mesmo. Somos todos os dias questionados, podemos escolher um caminho diferente e até mesmo, indiretamente, alteramos o suposto destino de outra pessoa, afinal, estamos na casa de seis bilhões de pessoas no mundo, que constantemente podem influenciar ou até alterar a nossa rota.
Destino é uma desculpa que inventaram para que ninguém pudesse assumir suas besteiras, e às vezes – os mais modestos – para não se vangloriar ao cumprir o objetivo.
“Eu sei que a gente não queria, mas foi o destino que nos deu esse filho”: Não meu querido, foi estupidez sua não ter usado a camisinha.
“O destino nos trouxe até aqui”: Não fofa, foi um metrô e um taxi que os levaram a mesma festa.
“Era meu destino vencer essa competição”: Não criatura, foi sua capacidade física e emocional mesmo.
Mas não pensem que eu sou uma pessoa insensível, que não acredita no amor ou na felicidade plena. É claro que eu acredito, eu sei que as pessoas conseguem alcançar a felicidade até nas coisas mais simples e eu sei que casais se apaixonam em meio a incríveis coincidências como um lugar trocado ou um esbarrão.
Só não venha com esse papo que tudo isso foi obra de algo divino que esticou seu dedo mágico e “Salagadula mexegabula bibidi-bobidi-bu!” De repente todos sabiam exatamente o que fazer como num roteiro de filme. Acorda, a vida não é um filme – nem uma novela, nem um curta Cult com uma mensagem subliminar, tão subliminar que você não capta a real mensagem.
Se você chegou até o fim desse texto só existem duas reações possíveis: ou você está balançando a cabeça negativamente, de cara fechada, achando um absurdo ou está concordando, com um sorrisinho no rosto, tudo que foi dito e pensando ainda na sua concepção de vida. Seja lá qual for a sua crença, opinião ou religião, espero que você não ponha a culpa no pobre do destino que o fez ler isso até o fim, pois fez porque quis. Simples assim.
Arrivederci.